Muitos pacientes nos perguntam se os implantes dentários podem ser rejeitados e quais os riscos associados. Este é um tema que merece ser esclarecido, pois há muitas confusões em torno do conceito de “rejeição” de implantes.
O que significa “rejeição” de implantes?
Tecnicamente, o termo “rejeição” não é apropriado quando falamos de implantes dentários. A rejeição ocorre quando o sistema imunológico do organismo identifica um material como corpo estranho e desencadeia uma resposta para eliminá-lo. No entanto, isso não acontece com implantes dentários modernos. Esses dispositivos são fabricados em titânio, um material altamente biocompatível que se integra naturalmente ao osso e não provoca uma reação imunológica de rejeição.
Então, por que alguns implantes falham?
Embora a taxa de sucesso dos implantes dentários seja extremamente alta (cerca de 95% ou mais), existe uma pequena percentagem de casos em que os implantes não são bem-sucedidos. Estas falhas não estão relacionadas com rejeição, mas sim com outros fatores que podem comprometer o processo de osseointegração ou a estabilidade do implante. Entre as principais causas estão:
- Infecções:
- A peri-implantite é uma das causas mais comuns de falha de implantes. Trata-se de uma inflamação nos tecidos ao redor do implante, muitas vezes causada por bactérias devido à má higiene oral.
- Qualidade e quantidade do osso:
- A densidade óssea insuficiente ou o volume inadequado podem dificultar a estabilidade do implante.
- Sobrecarga mastigatória:
- A pressão excessiva sobre o implante, especialmente durante o período de cicatrização, pode levar à sua falha.
- Condições sistémicas:
- Doenças como diabetes descontrolada ou alterações hormonais podem dificultar o processo de cicatrização e comprometer o sucesso do implante.
- Hábitos do paciente:
- Fumar ou negligenciar a higiene oral também são fatores de risco significativos para a perda de implantes.
Como prevenir a falha de implantes?
A prevenção começa com uma avaliação cuidadosa pelo médico dentista, que deve considerar:
- A saúde geral do paciente e condições sistémicas que possam influenciar o processo de cicatrização.
- A qualidade e o volume ósseo, recorrendo a enxertos ou técnicas adicionais se necessário.
- O planejamento protético para evitar sobrecarga mastigatória.
Além disso, é fundamental que o paciente:
- Mantenha uma boa rotina de higiene oral, incluindo escovação adequada e uso de fio dentário.
- Compareça regularmente a consultas de acompanhamento para monitorar a saúde dos implantes.
- Evite hábitos prejudiciais, como fumar, que aumentam o risco de infecção e comprometem a cicatrização.
Conclusão
Embora não seja correto falar em “rejeição” de implantes dentários, é verdade que existem fatores que podem influenciar o sucesso desses dispositivos. Uma boa comunicação entre o paciente e o dentista, aliada a cuidados adequados, é essencial para garantir o sucesso do tratamento e a longevidade dos implantes.
Na Bocca Clínica, contamos com profissionais experientes e tecnologias modernas para garantir que cada paciente tenha o melhor resultado possível. Agende a sua consulta e tire todas as suas dúvidas sobre implantes dentários!